Ed. Arizona

Árida, porém gentil. A Fachada lateral poente e um canteiro em forma de talude de quase 80 metros de extensão direcionaram a criação deste jardim de modo que ele abrandasse a parede contínua sem aberturas para o meio público e que ao mesmo tempo perpetuasse sem tantos esforços. Outra questão foi o aproveitamento das soluções de infraestrutura para gerar gentilezas urbanas, utilizando o muro de arrimo também como um banco contínuo que dialoga com a vegetação e com o passeio público. A partir disso, nasce o desenho da paginação de piso, do banco e do muro de contenção que se projetam horizontalmente para a área permeável a partir de módulos geométricos que avançam e recuam. Mesclamos essa dança geométrica com desenho vegetal mais orgânico com forração e estratos de alturas distintas. Outro diálogo necessário foi a associação dessa nova intervenção ao jardim frontal pré-existente, marcado por espécies tradicionalmente utilizadas em jardins frontais da cidade. Plantas resistentes e palmeiras. A amálgama estética se deu a partir da inserção das palmeiras-fênix, presentes em outras áreas do prédio. A partir deste estrato, foram associadas outras espécies com leituras visuais próximas e necessidades de cuidados semelhantes, tais como Dracena-arbórea e Pândanos, com alturas variadas, arrematando uma perspectiva dinâmica. Outros estratos mais baixos complementam o muro como as moreias e as pleomeles-variegata, além de forrações com barba-de-serpente que abraçam os módulos geométricos dos bancos. Para finalizar, bromélias-imperial e agaves-palito se encaixam entre as forrações, dando contraste na paleta de cores e de texturas.